quarta-feira, 29 de junho de 2011

Interartes no 3º Festival Nacional de Dança de Juiz de Fora

Dentro do 3º Festival Nacional de Dança de Juiz de Fora, realizado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora e a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – FUNALFA no período de 29 de junho a 03 de julho, o professor Márcio Pizarro, vai ministrar a oficina “Intervenção- instalação: rotas de subjetividade na cidade”. A oficina será realizada nos dias 02 e 03 de julho.


A oficina será ministrada neste local:


SECRETARIAS E ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL ::
 FUNDAÇÃO CULTURAL ALFREDO FERREIRA LAGE (FUNALFA)

MUSEU FERROVIÁRIO
 Apresentação
O Museu Ferroviário de Juiz de Fora, instalado na sede da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, foi inaugurado em agosto de 2003, depois de um processo de revitalização e modernização daquele espaço, coordenado pela Prefeitura de Juiz de Fora/Funalfa e pela Rede Ferroviária Federal S.A.
O Museu é administrado pela Prefeitura de Juiz de Fora por ordem do convênio 08/2005, celebrado entre a RFFSA – extinta e a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage / Funalfa, que se compromete a utilizar o prédio em caráter exclusivamente cultural, educacional ou turístico. O seu acervo e a edificação são tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA, sendo a edificação preservada também pela municipalidade, o que representa uma alternativa eficiente para garantir o resgate da história do município, fortemente marcada pela ferrovia.
O acervo do Museu Ferroviário, disposto de forma didática em vitrines, painéis e ambientes cenográficos, é constituído por 400 peças, incluindo mobiliário, instrumentos de trabalho e de comunicação, livros técnicos, fotografias, equipamentos científicos, louças, miniaturas. Possui, na área externa, duas locomotivas a vapor originais. Este patrimônio cultural aborda as origens e a evolução da ferrovia, bem como seu impacto nos aspectos sociais e econômicos a partir do século XIX, no Brasil e em Juiz de Fora. As peças são dispostas em cinco salas temáticas: História da Ferrovia, Agência de Estação, Sinalização e Via Permanente, Escritórios Ferroviários e Material Rodante e Aspectos Tecnológicos.
O Museu Ferroviário oferece Programa de Educação Patrimonial com visitas guiadas ao acervo. As visitas são dinâmicas, seguindo um roteiro didático com a finalidade de instigar a curiosidade do visitante. Percorrer as salas do Museu Ferroviário é a oportunidade de “viajar” pela história do trem.
Estação Arte 
Além do rico acervo o Museu Ferroviário oferece para a comunidade a Estação Arte - composta de dois espaços privilegiados, Anfiteatro e Sala de Multimeios, para atender a demanda de grupos que necessitam de um local para expressão artística, lazer e entretenimento cultural.
Na Estação Arte acontecem oficinas de dança e yoga, o projeto Cinema na Estação e encontros culturais, que completam a programação do Museu Ferroviário, adequado aos modernos conceitos museológicos.
Anfiteatro: dispõe de auditório com 75 lugares, palco com piso de tábua corrida, 10 refletores, dois camarins, sala de projeção com amplificador de som, vídeo cassete, DVD e data-show. Tem acesso a dois banheiros sociais, sendo indicado para a apresentação de grupos teatrais, música, projeção de filmes, palestras, etc.
Sala de Multimeios: ampla sala com área de 101.86 m², piso em vinil, espelhos, barras e mezanino sendo indicada para o desenvolvimento de oficinas de dança, teatro, percussão, ioga, performances, etc.



PATRIMÔNIO CULTURAL
 Bens Tombados - Estação Central
O prédio da Estação Central que servia à Estrada de Ferro D. Pedro II foi construído por iniciativa dos vereadores da Câmara. Sua construção foi resultado de uma longa luta. Embora a construção tenha se iniciado em 1871, diversos entraves burocráticos adiaram a conclusão da obra até 1877, quando foi inaugurada juntamente com as estações de Sobragy, Cedofeita, Retiro e Matias Barbosa.
O prédio, um dos mais significativos cartões postais de Juiz de Fora, foi e continua sendo um dos cenários preferidos para a realização de obras de artistas da cidade e de outras regiões. O edifício original da "Estação do Centro", inaugurado em 7 de julho de 1877, sofreu sua primeira intervenção de ampliação em 1883. Em 1902, ele adquiriu sua conformação atual seguindo esquemas compositivos da virada do século.
Compõe-se de volumes avançados e recuados em relação à via pública, que se distribuem por uma extensa faixa horizontal. O edifício é constituído por um único pavimento alteado, com exceção do torreão lateral com três pavimentos que se destaca na paisagem da praça. É o elemento que confere assimetria ao conjunto.
No volume central, mais projetado, o acesso é feito através de escadaria de cantaria em lance único. A porta principal, localizada no centro, é mais alta e larga que as portas que a ladeiam e possui, ornamentando a bandeira, uma estrela. Nota-se, aqui, um jogo de sobreposição de planos o que, confere movimento à fachada. Na platibanda deste corpo aparece as iniciais "E.F.C.B.- 1906" numa referência a antiga Estação Ferroviária Central do Brasil. Encimando estas letras aparece o frontão interrompido ornado por grandes folhas de acanto moldadas em estuque.
Os planos laterais, mais recuados, são vazados por três janelas de peitoril - uma central mais largas e duas laterais mais estreitas- e arrematado lateralmente por alhetas. Sobre a cobertura, destaca-se a presença da cúpula, arrematada por zimbório e vazada por lunetas circulares vedadas por vidros coloridos (internamente, produz-se um efeito interessante de cores com a incidência da luz sobre esses vidros).
Os volumes laterais são recuados em relação ao volume central, apresentam, entre si, a mesma composição formal. O tramo central é levemente saliente, cornija "sustentada" por modilhões, platibanda cega e retilínea e pequeno frontão triangular que sugere o tímpano dos antigos templos. Ambos os volumes são vazados por três vãos, sendo que os da esquerda são janelas de peitoril e os da direita, duas janelas laterais de peitoril e uma porta central, todos com bandeira fixa, vergas em arco pleno emolduradas por faixas salientes apoiadas sobre impostas e esquadrias de madeira.
Na lateral direita encontra-se o torreão que apresenta composições diferentes. No térreo, os cunhais são destacados por alhetas, as janelas de peitoril sendo a janela central mais alta e mais larga que as laterais. A faixa de modilhões e a cornija (que "separam" este pavimento do pavimento superior) seguem, na composição e na altura, a mesma faixa do restante do edifício. O primeiro pavimento, é o mais alto dos três. É vazado por três janelas de peitoril, aos moldes das do térreo mas com verticalidade mais acentuada. Nos cunhais aparece acabamento que sugere pilastras com capitel dórico. No segundo pavimento, destaca-se a presença do famoso "Relógio da Estação", um dos principais símbolos que identificam a cidade. Um balcão em balanço vazado por balaústres circulares e apoiado sobre modilhões "abraça" todo o volume. O coroamento é feito por faixas salientes e modilhões sob a cornija, além da cobertura piramidal vazada por lunetas e encimada por pequenas arcaturas de ferro.
Originalmente o volume da extremidade esquerda era destinado ao armazém da estação. É bastante simplificado sendo limitado por alhetas e vazado por uma porta que é seu único vão. Uma estreita escada aparece à frente do vão.
O espaço interno impressiona pelo alto grau de ornamentação utilizada no interior do edifício. São diversos modelos de ladrilhos hidráulicos, com desenhos e cores ricamente empregados, além de ornamentos salientes de estuque, esquadrias e impostas talhadas em madeira, forros de tabuado liso ou vazado por rendilhado, colunas de pedra que "sustentam" o vão da cúpula, efeitos luminosos devido aos vidros coloridos empregados nas lunetas, lustres em forma de globo ou verticais com lâmpadas fluorescentes.
A passagem de nível, datada de 1928, foi anexada ao conjunto com o objetivo de facilitar a passagem dos pedestres pela linha do trem. Sua composição segue a do restante do conjunto, se integrando perfeitamente no mesmo. Compõe-se basicamente de três lances de escadas e uma circulação retilínea protegida por guarda-corpo vazado por balaustrada.
Sem dúvida alguma, todo o conjunto da Praça da Estação é referência urbana indiscutível e presença marcante na imagem representativa da cidade. Conhecida nacionalmente, a praça e, particularmente, o Prédio da Estação foi cenário de importantes filmes do cinema nacional, reportando ao período de industrialização de diversas cidades brasileiras em fins do século XIX.
estacaovaladares.jpg (11847 bytes)A Estação de Valadares foi construída na década de 50 e, como ocorreu em muitas localidades do Brasil em torno dela agregou-se uma pequena aglomeração humana que acabou por originar o povoado de Valadares. Havia junto a esta uma pracinha com um chafariz junto ao qual realizavam-se as feiras locais, ambos destruídos pelo acelerado processo de degradação.
Em março de 1969, o imóvel foi doado, juntamente com outras estações, para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em virtude da desativação da linha.
A edificação em um pavimento, implantada de maneira a visualizar suas quatro fachadas.
estacaovaladares1.jpg (8960 bytes)
A fachada frontal possui uma porta central vazada, com duas portas em uma lateral e uma porta e janela em outra.
A ornamentação é feita em estuque, em forma de de uma tira, aplicada na metade da parede e com vãos emoldurados nessa mesma altura que recebem um fecho central em forma de um quadrado.
A fachada lateral esquerda possui duas janelas constituídas em par com dimensão bem vertical e cada componente do par bem estreita e esguia, com placa, na parte superior, em estuque possuindo a palavra "Valadares".
estaçaomariano.jpg (5992 bytes)Já a lateral direita possui esta mesma placa, mas apresenta um vão de janela bem pequeno, sendo curto e mais largo, com forma retangular. A fachada posterior apresenta um porta em um lado e duas janelas esguias e verticais no outro lado.
A ornamentação das três janelas segue a da primeira. Todos as fachadas são ladeadas por pilastras que arestam a edificação em retângulos ressaltados insinuando cantaria.
estaçaomariano1.jpg (5038 bytes)No entablamento aparece dois frisos em estuque que percorre toda a edificação.
O telhado é em quatro águas com telha francesa e beiral vantajoso, principalmente na frente, que é sustentado por mãos-francesas de madeira como a estrutura da cobertura.

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