quinta-feira, 7 de julho de 2011

Interação de arte e urbanismo é tema de palestra

Confira matéria realizada pelo Correio de Uberlândia sobre a palestra que será dada por Márcio Pizarro Noronha.

 

Interação de arte e urbanismo é tema de palestra

Marcio Noronha é professor da Universidade Federal de Goiás
A definição básica para o que se chama intervenção urbana é: quando um espaço urbano – como ruas, praças e terrenos baldios – recebe algum tipo de manifestação artística. E esse será o tema da palestra “Processos de Criação e Intervenções Urbanas”, do Professor Doutor Marcio Pizarro Noronha da Universidade Federal de Goiás (UFG), a ser realizada hoje, às 19h30, no Teatro de Bolso do Mercado Municipal.
O evento, segundo o doutor em Antropologia e História da Arte, vai trazer contextualização histórica e falar sobre conceitos de intervenção urbana e suas novas configurações: a Transvenção e a Hipervenção. Para Marcio Pizarro o diferencial da arte da intervenção urbana está no enxergar além do convencional e do óbvio. “Você cria uma possibilidade de um mundo onde estamos saturados da mesmice, cria condições de visualizar o invisível”. Ele completa dizendo que a arte está oculta pelas próprias pessoas, devido ao fato de se acostumarem com o ambiente em que vivem.
Mas nem só atividades humanas sobre espaços urbanos são consideradas intervenções. Marcio afirma que o processo natural de deterioração ou até mesmo o desenvolvimento de uma vegetação em um muro, terreno ou rua pode vir a ser uma expressão artística, a partir de uma observação subjetiva do artista.

Serviço

A palestra “Processos de Criação e Intervenções Urbanas”, do Professor Doutor Marcio Pizarro Noronha, será realizada hoje, às 19h30, no Teatro de Bolso do Mercado Municipal. A entrada é franca. Informações: 3235-7790.
Curadoria
O Professor Doutor Marcio Pizarro Noronha é curador da exposição “M(E)(A)RCADO”, de Cintia Guimarães, que será aberta amanhã.

Transvenção e Hipervenção

Segundo o Professor Doutor Marcio Pizarro Noronha, a Transvenção se refere a obras de arte criadas com cunho publicitário, com foco não somente no resultado final. Desenvolvida a partir de espaços que por muitas vezes são negligenciados pelas pessoas. “Na Transvenção, a preocupação não é a arte em si, e sim usar o procedimento artístico”, disse ele, exemplificando com um artista que fez fotos de um terreno abandonado alterado naturalmente ao longo do tempo, e reproduziu o trabalho em outdoors.
Na Hipervenção, de acordo com Marcio, o ambiente se modifica, passa a ser virtual, e elementos do mundo eletrônico e cibernético dialogam com outras culturas, como é o caso da artista paulista Lúcia Leão. “Ela simula situações que vem da cultura de festas, trazendo a ideia do DJ em um cruzamento com as técnicas da dança oriental. Assim se obtém uma nova experiência”, afirma o professor.

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